Síndrome metabólica: Aprenda mais sobre o termo

Você sabe o que significa síndrome metabólica? Esse termo é usado por profissionais médicos para descrever um conjunto de fatores de risco em um indivíduo. Fatores esses que aumentam as chances do paciente desenvolver doenças cardíacas, diabetes e também o risco de acidentes vasculares.

Os fatores que compõe a síndrome metabólica têm uma característica em comum: em sua base, todos se relacionam com a resistência à ação da insulina no organismo. Por isso, a condição também é conhecida como síndrome de resistência à insulina.

Nesse artigo, você entenderá melhor a função da insulina no corpo humano e como a resistência à ação desse hormônio impacta nosso organismo. Vamos também falar sobre os fatores de risco que compõe a síndrome metabólica.

O papel da insulina no corpo

A insulina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo. O papel da insulina é permitir que as células absorvam a glicose, utilizada para gerar energia.

Dessa forma, níveis elevados de glicose no sangue podem apontar algum problema relacionado à insulina: seja na produção do hormônio ou reação das células à ele. A persistência de níveis elevados de glicose no sangue é tóxica. Se não tratada, a condição pode levar a complicações cardiovasculares.

O que é resistência à ação da insulina?

Essa condição significa que a insulina age menos nos tecidos do corpo. Assim, o pâncreas é obrigado a produzir mais insulina para garantir que a glicose seja metabolizada pelas células. Como consequência, os níveis de insulina no sangue aumentam.

Alguns fatores que contribuem para o aparecimento desse problema são: excesso de peso, principalmente na região abdominal, e sedentarismo.

Fatores genéticos também contribuem para a resistência à insulina. Por isso, pacientes com histórico familiar, devem acompanhar seu quadro através de exames de rotina.

Entendendo a síndrome metabólica

Infelizmente, ainda não existe um critério aceito universalmente para definir a síndrome metabólica. Hoje, os mais aceitos são o da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o do National Cholesterol Education Program (NCEP). No Brasil, dispomos do Consenso Brasileiro de Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.

Então, pelos critérios brasileiros, o diagnóstico de síndrome metabólica é realizado quando três dos cinco critérios abaixo estão presentes:

  • Obesidade central: isso é, quando a circunferência da cintura é superior a 88cm em mulheres e a 102cm em homens.
  • Hipertensão arterial: pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diastólica ³  85 mmHg.
  • Glicemia de jejum  110mg/dL, ou diagnóstico de diabetes.
  • Alterações dos níveis de triglicerídeos:  150mg/dL.
  • Níveis de colesterol HDL < 40 mg/dL em homens ou < 50 mg/dL em mulheres.

Todos esses fatores apontam que o organismo precisa de mais insulina que o normal para manter seu funcionamento normal.

Sintomas da síndrome metabólica

Um dos motivos da síndrome metabólica ser um problema tão proeminente é, justamente, o fato de que a maioria dos pacientes é assintomático. Isso é, não se sentem mal.

Assim, a síndrome metabólica só pode ser detectada através dos exames de rotina e acompanhamento médico adequado. Caso o paciente não realize o acompanhamento, só perceberá sintomas quando a síndrome metabólica já tiver causado outras patologias.

Por isso, é fundamental visitar um cardiologista ao menos uma vez ao ano.

Síndrome metabólica tem tratamento?

O principal tratamento para pacientes com síndrome metabólica são: exercícios, dieta e perda de peso. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, com o objetivo de tratar os fatores de risco.

Um exemplo de medicamento são os para tratamento da alta pressão arterial, diminuição da gordura no sangue e sensibilizadores da insulina, que ajudam o organismo a diminuir a resistência ao hormônio.

Vale lembrar: se você identificou em você algum dos fatores que descrevemos, é fundamental buscar um médico. O acompanhamento é fundamental na síndrome metabólica, visando diminuir os riscos de desenvolvimento de cardiopatias e AVC (acidente vascular cerebral).

A melhor forma de cuidar da sua saúde, sem dúvida, é a prevenção. Assim, perder peso e praticar atividades físicas é fundamental, especialmente se há histórico de doença cardíaca na sua família. A realização de exames de rotina também ajuda a detectar possíveis problemas em seu início, facilitando o tratamento.

Se você já apresenta sintomas cardiovasculares, é importante consultar um profissional antes de começar a praticar exercícios físicos. Cardiologistas, nutricionistas e educadores físicos podem trabalhar em conjunto para encontrar uma rotina de exercícios que se adapte ao seu organismo e não ofereça nenhum risco à sua saúde.

Uma dieta balanceada também é fundamental para a manutenção da sua saúde.

Em conclusão: a síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco

Em resumo, a síndrome metabólica não se trata de uma patologia, em si. Esse é um termo utilizado para denominar um conjunto de fatores de risco que dividem uma característica: a resistência do organismo à insulina.

Quando as condições que configuram síndrome metabólica já estão presentes, é de extrema importância procurar orientação médica. Isso porque essa síndrome está associada ao aumento do risco de eventos cardiovasculares.

A prevenção é sempre o melhor caminho quando o assunto é sua saúde. Assim, não espere ter problemas para procurar um cardiologista. Na maioria dos casos, a correção de hábitos é suficiente para prevenir o desenvolvimento dos fatores de risco que compõe a síndrome metabólica.

Como você aprendeu nesse artigo, a maioria desses fatores não produz sintomas até que o quadro seja grave. Assim, fazer exames de prevenção é essencial.

O acompanhamento do sistema cardiovascular deve ser feito periodicamente. Assim, mesmo que você não tenha nenhuma doença cardíaca ou sintoma, essa especialidade precisa estar incluída no seu check-up de rotina.

Para homens a partir dos 45 anos e mulheres a partir dos 50, o acompanhamento deve ser anual, mesmo sem nenhum sintoma ou histórico de doenças cardiovasculares na família. Pessoas que praticam exercícios físicos ou esforço regularmente também devem fazer o acompanhamento periódico.