Atividade física intensa na terceira idade

Muita gente acha que a terceira idade não permite atividade física mais intensa.

Estudos recentes em Gerontologia, no entanto, vêm mostrando uma realidade diferente, e provando que a imagem da vovozinha tomando sol no banco da praça está ficando para trás.

Em artigo publicado na revista da Gerontological Society of America, pesquisadores americanos mostram que treinos mais pesados, como aeróbicos ou mesmo os intervalados de alta intensidade, podem ser muito benéficos para os idosos.

Com um planejamento individualizado, essas modalidades têm ajudado a diminuir o risco cardiovascular da população mais velha, favorecendo sua mobilidade e independência, o que ajuda também psicologicamente. Tudo isso acaba empurrando para baixo os índices de morbidade de alguns quadros comuns a essa faixa etária. Os meses de quarentena, em que muitos ficaram longe de suas famílias, mostraram como a autonomia é importante para os mais idosos.

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Estudos recentes em Gerontologia comprovam que a imagem da vovozinha tomando sol no banco da praça está ficando para trás.


Com os devidos ajustes e com acompanhamento profissional, a experiência tem tido resultados ainda melhores do que os treinos de intensidade moderada. O uso de acessórios descomplicados como faixas elásticas e bolas infláveis aproxima os praticantes, que podem vir de um passado de inibição em ambientes fitness. O ganho de massa muscular, a sensação de estar mais forte e o desenvolvimento cognitivo e funcional por si só já são um belo estímulo a entrar no que antes parecia um clube proibido para os mais velhos.

O artigo reforça a importância desse treino ser monitorado por profissionais, com supervisão médica. A ênfase deve estar em um trabalho de longo prazo, agregando a atividade intervalada com a de resistência (como a musculação).

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Com os devidos ajustes e com acompanhamento profissional, a experiência tem tido resultados ainda melhores do que os treinos de intensidade moderada.

Os autores recomendam ainda que o resultado do estudo inspire políticas públicas de saúde a partir da meia idade, para um envelhecimento mais positivo.