Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 3.2 milhões de óbitos anuais estão ligadas à falta de atividade física. Um estudo publicado pelo British Journal of Sports Medicine, que analisou 14 pesquisas anteriores, feitas com mais de 230 mil participantes, traz um pouquinho de otimismo para esse panorama assustador. Ele mostra que mesmo uma corrida leve, uma vez por semana, já diminui o risco e ajuda a prevenir a morte prematura.
Mesmo avaliando a trajetória de cinco grupos distintos, sem uma metodologia unificada, os pesquisadores detectaram um risco 27% menor de morte para os praticantes da corrida, em todos os níveis. Até uma rotina de menos de 50 minutos semanais já colocou os pacientes no grupo menos propenso à morte por qualquer causa, subindo para 30% menos risco nos óbitos em decorrência de doença cardiovascular e 23% em consequência de câncer. Curiosamente, um programa de treino mais intenso não indicou risco ainda menor.
As diretrizes para prevenção de doenças divulgadas pelo ministério da Saúde dos EUA (e ratificadas pelo sistema de Saúde britânico) sugerem que adultos façam de 150 a 300 minutos por semana de atividade moderada ou 75 a 150 de exercício aeróbico intenso. A pesquisa mostra que, mesmo antes de chegar a esse ritmo, o hábito da corrida já nos deixa mais protegidos, porém, caso tenha tenha excesso e fadiga muscular consulte um fisioterapeuta.
Ainda que esse estudo tenha seu alcance limitado, ele é mais uma comprovação científica do quanto o sedentarismo é perigoso. E pode ser um belo estímulo, mostrando que ninguém precisa ser atleta para garantir os benefícios da atividade física.
Aproveite que a prática de exercícios ao ar livre está sendo liberada em cada vez mais cidades e não deixe pra depois da quarentena o início daquele adiado projeto fitness! E o melhor, com a certeza de que qualquer intensidade já vai fazer uma ótima diferença.